Conduzido por Tathiane Frezarin, Diretora de Novos Negócios da Kantar, o painel intitulado “Mudança de comportamento nos lares, o que o consumidor está buscando no canal” apontou o que tem impulsionado as famílias a realizar suas compras no canal, bem como os desafios que devem ser ultrapassados pelas redes de cash&carry para atender com qualidade o consumidor. “Adequação ao novo estilo de consumo dos brasileiros, que está cada vez mais influenciado pela tecnologia; oferecer o melhor sortimento e experiência de compra sem perder a essência do canal, que é a economia; manter o custo operacional; desenvolver as cestas de higiene e beleza, além da negociação com fornecedores e a rentabilidade das categorias estão entre os desafios a serem vencidos pelas lojas”, disse.
Entre outros dados, o estudo da Kantar apontou que as lojas de atacado de autosserviço apresentaram um aumento de 60% na sua base de compradores desde o ano de 2013. Entre os principais perfis de consumidores atendidos nesse período, estão as famílias das classes A/B, em lares compostos por até quatro pessoas, com idade entre 30 e 39 anos, com a presença de crianças pequenas. Porém, quem mais contribuiu para o crescimento do canal nos últimos cinco anos foram as famílias da classe C, em lares que abrigam até quatro pessoas, com idade entre 30 e 39 anos e também com a presença de crianças pequenas.
Outro dado apresentado no painel é que, nos últimos cinco anos, o “atacarejo” passou a concentrar as maiores compras dos shoppers, abastecimento que antes era realizado primeiro no canal hipermercado, depois nos supermercados de rede e, por último, no atacado de autosserviço. Hoje, cada canal possui um papel diferente em relação à missão de compras do shopper brasileiro. Há cinco anos, por exemplo, as lojas de cash&carry ocupavam a terceira posição (atrás dos hiper e supermercados de redes), quando as compras eram de despensa ou grandes abastecimentos. Em 2017, ocupam a primeira posição em relação a esse tipo de abastecimento.