O plano e a ação para o Brasil voltar a ser a 8ª economia mundial

jan 23, 2017

Artigo escrito por Luiz Muniz*

De acordo com o FMI (Fundo Monetário Interacional) desde 2014, o Brasil deixou de ser a 7ª economia mundial e passou a ser a 9ª, por ter reduzido seu PIB (Produto Interno Bruto) que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, como reflexo da recessão que o país atravessa. Se tudo correr bem agora em 2017, já voltamos a ser a 8ª economia! Isso acontece não apenas pela somatória das várias causas políticas que conhecemos, mas também por causas técnicas que envolvem dentre tantas, deficiência em gestão. Deficiência em gestão que aumenta os desperdícios dos recursos, deficiência em gestão que impõe agendas urgentes e um quadro epidêmico de anomalias… Deficiência em Gestão causada pelo excesso de improviso.

Reconheço que a cultura do brasileiro dentre tantas características, é baseada no improviso. O improviso é uma das formas na quais a criatividade é manifestada. O improviso permite encontrar as alternativas necessárias para superar os desafios que encontramos em curto prazo e sem preparo prévio. Curioso notar que esse excesso de improviso se reflete dentro das empresas e as deficiências em gestão ficam nítidas em momentos de recessão. “Quando o nível da água diminui, as pedras do rio aparecem”.

Quando uma sociedade tem menos recursos, as empresas vendem menos e passam a ter capacidade ociosa. Nada de alarmante desde que a Gestão não fosse feita na base do improviso.

E não adianta colocar a culpa na economia. A economia naturalmente passa por flutuações que vão a longo prazo, conhecidos como ciclos econômicos. Esses ciclos podem passar por algumas fases, por exemplo:

  1. “Boom”: quando a atividade econômica cresce em ritmo acelerado, e mesmo com um certo grau de incompetência gerencial, os negócios vão bem;
  2. Recessão e/ou depressão: caracterizadas pela queda da atividade econômica tendo no desemprego e o fechamento de muitas empresas suas principais marcas; e
  3. Recuperação: o próprio nome a classifica.

 

Apesar das análises preditivas e assertivas da economia não serem tarefas das mais fáceis e nem estar ao alcance de todo um modelo de gestão eficaz, baseado em método é capaz de proteger a empresa de forma muita poderosa em um período de recessão.

É necessário ter muito claro a meta que se quer alcançar que seja composta por um objetivo, um valor e um prazo. Uma definição muito simples, mas que muitas empresas optam por tratar de forma simplista. “Vamos aumentar as vendas em 15%”. Sim, mas até quando? “Vamos reduzir custos”. Perfeito, mas em quanto e até quando?

Como se não bastasse, é necessário ter claro quais são ações para alcançar essas metas, quais os responsáveis e qual o prazo de execução. A isso se chama Plano de Ação. Uma ferramenta que de tão simples de ser utilizada passa a ser negligenciada pelos executivos. Ou não utilizam sob a bandeira de “simplificar” ou então executam ações completamente diferentes às que está no plano.

Ao invés de planejar e cumprir o planejado, as empresas se dão o direito de começar várias iniciativas e não as terminar, como se isso fosse um sedativo para amenizar a ansiedade de algo que não se sabe. Isso, ao contrário, só aumenta a desmotivação de toda a equipe. É por isso que a crise se torna agonizante… Plano de ação não é ferramenta de passa tempo, é ferramenta que auxilia o alcance de uma meta seja ela qual for.

 

*Luiz Muniz é fundador da Telos Resultados, ex-sócio da Falconi Consultoria. Atua como consultor de empresas há mais de 15 anos em implantação de Modelos de Gestão em diversos segmentos, incluindo setor Atacadista/Distribuidor, Distribuidor Farmacêutico, Varejo, Logística, Aviação, Indústria, Energético.