Expansão e desafios do cash&carry

out 30, 2017

Nunca o momento esteve tão propício à abertura de lojas de atacado de autosserviço. As regiões Sudeste e Nordeste oferecem ainda os maiores potenciais de crescimento para novos pontos de venda. No caso do Sudeste, isso acontece porque existe maior concentração populacional em centros urbanos, além de classes sociais mais próximas da base da pirâmide. Já no Nordeste, ainda há a predominância de uma população bastante carente de recursos e com um volume razoável de famílias numerosas. Atentas ao bom momento vivido pelo modelo no Brasil, as bandeiras de cash&carry nunca investiram ou planejaram investir tanto como neste ano.

O Mart Minas, que iniciou o ano de 2017 com 21 lojas, tem como objetivo chegar a 40 pontos de venda até o final de 2020, dobrando de tamanho em quatro anos. Somente neste ano, serão inauguradas mais duas lojas, nas cidades de Três Corações, todas no interior de Minas Gerais. “Hoje estão sendo abertas muitas lojas em todas as regiões do país e algumas com propostas muito diferentes da essência do modelo. Então, vejo como futuro um amadurecimento maior do formato, propostas mais claras e definidas, um mix de produtos mais voltados a embalagens econômicas, com pouca prestação de serviço e um entendimento maior da indústria de como trabalhar esse formato, sempre incentivando o cliente a comprar mais e oferecendo vantagem econômica e um trabalho mais focado no food service”, acredita Filipe Martins, diretor comercial do Mart Minas.

O Assaí, do Grupo Pão de Açúcar (GPA), também comemora a abertura de novos pontos de venda. Em 2016, foram inaugurados treze e a aposta da rede para a expansão em 2017 é a conversão de lojas – muitas delas de hipermercados – para o formato. Serão, pelo menos, 15 novas lojas do Assaí a partir desse movimento. O GPA também planeja construir de seis a oito novas unidades. “O ano de 2017 será o período em que o Assaí inaugurará mais lojas na sua história. Por questões estratégicas, não revelamos os locais. Acreditamos que o principal desafio é a busca por terrenos para continuar expandindo no Brasil. As lojas do atual formato demandam áreas de aproximadamente 30 mil m², o que dificulta a busca por localidades nos grandes centros”, explica Belmiro Gomes, atual presidente do Assaí.

Já o Spani se aproxima cada vez mais da capital de São Paulo. Foram onze lojas abertas em 2016 e a previsão é fechar 2017 com 26. Além do Vale do Paraíba, a bandeira planeja inaugurações no interior paulista e na Grande São Paulo. Para essa finalidade, serão investidos cerca de 200 milhões de reais. Atualmente, a rede do Grupo Zaragoza conta com 17 unidades distribuídas entre o estado de São Paulo e a região fluminense. Para atender a essa demanda, o Spani conta com um Centro de Distribuição localizado estrategicamente em Taubaté, no Vale do Paraíba. Uma das lojas inauguradas recentemente pelo grupo, na cidade de Diadema, no ABC paulista, contou com um investimento de 12 milhões de reais.

Confira a reportagem na íntegra na edição 3 da Revista ABAAS: clique aqui