A produção do setor de embalagens aumentou 1,96% em volume no último ano, depois de ter experimentado três anos de retração, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). A fabricação de embalagens é um dos indicativos que antecipa o desempenho da indústria nacional.
Outro fator que aponta a recuperação da economia brasileira é o crescimento na geração de empregos formais. O setor de embalagem registrou alta de 1,12%, com mais de 218 mil carteiras assinadas. A indústria de plástico é a que formalmente mais emprega, sendo responsável por 52,97% dos postos de trabalho no segmento.
O aumento de 5,1% em relação a 2017 também indica melhora na performance das principais indústrias. Os produtores de bens de consumo duráveis e não duráveis, os produtos de rápido consumo, os eletroeletrônicos e até a construção civil, que são beneficiados pela fabricação de embalagens, apresentaram moderada recuperação no período.
A indústria de plástico foi a que teve maior participação no valor bruto da produção do setor, com 38,85%, o que representa mais de R$ 27 milhões. Em seguida, vem o segmento de embalagens de celulose (considerando a produção de papelão ondulado, cartolina, papelcartão e papel), que contribuiu com 34,09% da fabricação total do setor.
As exportações diretas do setor de embalagens também tiveram um bom desempenho, em comparação com o ano anterior. O faturamento foi de 544 milhões de dólares, o que representa um aumento de 10,67%.
A estimativa da Abre é de que haja um crescimento de 2,96% neste ano. A projeção para 2018 considera variáveis como sazonalidade, tendência e produção da indústria de transformação, além de fatores sociais e comportamentais, tais como Reforma da Previdência, eleições, incertezas políticas e outras dinâmicas sociopolíticas, que podem afetar negativamente a economia em geral.
Fontes: ABRE e Folha de São Paulo.