Marcas globais ou locais: o que ganhou a mente e o coração dos consumidores em 2017?

jan 23, 2018

A Pesquisa Global da Nielsen sobre Origem das Marcas destaca as preferências e percepções dos consumidores quanto aos produtos fabricados por grandes marcas, globais ou multinacionais, quando comparados aos produtos fabricados localmente em 34 categorias –  avaliando até que ponto esses fatores influenciam o comportamento de compra.

Nos resultados da última edição do estudo, consumidores de todo o mundo demonstraram preferência crescente por marcas globais, em detrimento de produtos fabricados localmente. Na verdade, somente dois segmentos destacaram-se entre as marcas locais: laticínios e alimentos frescos. Esse favoritismo faz sentido, uma vez que frescor, qualidade e conveniência (local mais próximo) estão na lista de preocupações dos consumidores ao desembolsar com produtos perecíveis.

No outro extremo, os consumidores seguem escolhendo os fabricantes globais para muitas categorias em que as multinacionais, tradicionalmente, têm sido referência, incluindo produtos para bebês, artigos de cuidados pessoais e refrigerantes. Comportamento no Brasil – especificamente para a região latino-americana, incluindo o Brasil, a tendência global se repete. O estudo da Nielsen aponta que os brasileiros preferem marcas locais quando se trata da compra de alimentos frescos, como leite, manteiga, queijos e iogurte, ao mesmo tempo em que preferem as marcas globais especialmente para produtos para bebês (como fraldas e alimentos de fórmula), energéticos, vitaminas e suplementos e itens de higiene pessoal feminina. Para essas últimas categorias mencionadas, somente 8% a 12% dos brasileiros entrevistados afirmaram preferir marcas locais.

“O consumidor de hoje tem acesso a mais produtos e serviços do que no passado – e o mesmo vale para as marcas. Uma maior conectividade e um melhor acesso à informação, bem como o desenvolvimento do e-commerce, favorecem o crescimento das marcas globais nos últimos tempos, o que implica um grande desafio para as locais”, comenta Ricardo Alvarenga, Especialista em Comportamento do Consumidor da Nielsen Brasil.