Por Katherine Rivas
Em parceria com fornecedores, ABAAS vai lançar cartilha com dicas de instalação, operação e manutenção de porta-paletes. A ideia é prevenir perdas e garantir uma operação sem riscos.
Um dos aspectos mais importantes na gestão de uma grande rede de atacarejo é armazenar mercadorias de maneira adequada. Ao fazer isso, a empresa garante a segurança de funcionários e consumidores, facilita o acesso aos produtos, evita desperdícios e torna mais ágil o processo de estocagem e exposição de mercadorias. Atenta às demandas do setor, a Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (ABAAS) iniciou em 2018 um amplo debate sobre melhorias relacionadas à prevenção de perdas.
As conversas realizadas inicialmente entre a diretoria e conselheiros da ABAAS acabariam também envolvendo operadores, gerentes de prevenção e fornecedoras de porta-paletes, como a Fast Ariam e Pintepoxi, além da consultoria Falcão Bauer, uma das mais importantes e reconhecidas do Brasil. Como resultado dessa iniciativa, a Comissão de Prevenção de Perdas da ABAAS iniciou um trabalho de padronização dos porta-paletes para garantir a qualidade dos equipamentos e o respeito às mais rígidas normas de segurança.
Para ajudar no processo, foi contratada a Falcão Bauer, que realizou uma ampla pesquisa sobre as melhores práticas de segurança nas lojas dos associados. “A Falcão Bauer entregou um estudo à ABAAS e, a partir dos dados fornecidos, a Comissão de Prevenção de Perdas está elaborando uma cartilha que contempla todas as etapas de instalação do porta-palete, desde o piso até a manutenção”, afirma Virgílio Villefort, presidente da ABAAS.
Coordenador de estruturas metálicas da Falcão Bauer, o executivo Sérgio Marques explica que o processo de padronização nas lojas é fundamental, porque facilita a adoção de todas as normas de segurança praticadas em conjunto pelo setor. Outro fator importante, diz ele, é auxiliar os operadores de armazena mento das cargas. “Como cada loja tem um modelo arquitetônico diferente, treinar os operadores faz toda a diferença”, pondera.
A Falcão Bauer inspecionou as dimensões das lojas e espaços para armazenamento e sugeriu alguns procedimentos importantes no processo. Os relatórios enviados pela empresa validaram a altura dos porta-paletes e escolheram duas lojas como exemplo de bons procedimentos: o Assaí Aricanduva, na zona leste da capital paulista, e o Atacadão Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a consultoria, elas contemplam
todas as características importantes de estrutura e segurança.
Anderson Castilho, diretor de operações do Assaí, diz que, ao estabelecer normas para os porta-paletes, o setor está garantindo a segurança de todo o ecossistema do atacarejo, o que vale tanto para os funcionários das empresas quanto para os clientes. Segundo ele, as regras incluem, entre outros aspectos, o uso de empilhadeira e gestão dos estoques.
Fabricantes como a Fast Ariam e Pintepoxi também foram convidados pela ABAAS para integrar o trabalho da comissão. Edmur Jesus de Paulo, gerente de engenharia da empresa, considerou a iniciativa pioneira.
A partir do relatório da Falcão Bauer, a ABAAS está criando um manual de boas práticas que chamou de “Mandamentos do Bem” (bem concebido, bem construído, bem executado, bem instruído, bem praticado, bem avaliado e bem registrado). O manual vai oferecer dicas de instalação, operação e manutenção de porta-paletes. Para Virgilio Villefort, o manual é um modelo de referência que deve ser usado pelos associados da ABAAS para que apliquem as iniciativas em suas lojas. Os Mandamentos do Bem serão distribuídos para todos os membros da ABAAS até o final do ano.
Fonte: Revista ABAAS nº 9 | Outubro de 2019
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